Cidades sul catarinense

Audiência na Câmara de Vereadores: População de Sombrio é contra taxa abusiva de água e esgoto

Nesta segunda-feira (29), a Câmara de Vereadores de Sombrio foi palco de uma audiência que teve como foco uma das maiores preocupações da população: o abastecimento de água e os serviços prestados pela concessionária responsável pelo saneamento básico do município. A sessão contou com a presença do diretor administrativo da Região Sul da empresa responsável pela Sombrio Saneamento, Tiago Ramos Eyng, que respondeu o questionamento dos vereadores e moradores.

O debate girou em torno de denúncias sobre cobranças abusivas, a falta de rede de abastecimento em algumas regiões e a baixa qualidade nos serviços entregues. Durante a audiência, ficou claro o descontentamento da população, especialmente de moradores de bairros periféricos e comunidades rurais, que ainda não têm acesso à rede oficial de água. Muitos desses cidadãos dependem de soluções alternativas, como poços e caminhões-pipa, o que revela a falta de infraestrutura adequada.

Os vereadores expressaram indignação ao ouvirem relatos de cobranças, mesmo em áreas onde a rede de água não está disponível, o que gerou revolta e questionamentos sobre a legalidade das práticas da empresa concessionária. A situação tornou-se ainda mais preocupante quando foi levado em consideração que esses problemas se ampliaram após a privatização do SAMAE, em 2020, na gestão do ex-prefeito Zênio Cardoso e vice Gislaine Cunha. A decisão de privatizar o serviço essencial de saneamento básico parece ter agravado ainda mais a situação, com a população agora enfrentando custos elevados e serviços deficientes.

O vereador Dizo foi um dos primeiros a se pronunciar, utilizando a tribuna para reforçar que os vereadores estão ao lado da população. “Nós estamos aqui para representar vocês. A força de vocês é maior que qualquer empresa. A casa do povo está aberta, e nós estamos à disposição para lutar, cobrar e esclarecer cada caso específico”, afirmou Dizo, sublinhando que o papel do legislativo é buscar justiça e transparência.

Em um tom igualmente firme, o vereador Zé Artur fez questão de lembrar que, embora o abastecimento de água seja fundamental, ele não pode ser imposto de forma autoritária. “Não somos contra a água chegar às casas. Muito pelo contrário. Queremos qualidade e acesso. Mas o morador tem o direito de escolher. Água não pode ser vendida como pão de padaria, onde todos são obrigados a comprar, mesmo sem precisar ou sem condição”, argumentou Zé Artur.

O vereador Magrão, também cobrou ações mais efetivas da empresa responsável pelo serviço, exigindo que a situação não fosse mais tratada com indiferença.

“A população não pode mais ser ignorada. Estamos aqui para representar vocês, e não vamos descansar até que a situação se resolva”, afirmou Magrão, destacando que um ofício será encaminhado ao Ministério Público Estadual para investigar possíveis abusos nas cobranças e na qualidade do serviço prestado.

O vereador Donisete Gubert, somou esforços na fala ao destacar. “Eles, desde que assumiram, não fizeram nada de novo. Estão cobrando, aumentaram os valores, mas não fizeram novos investimentos, quando perguntei do esgoto. Não me disseram nada. Estamos cobrando. Quero parabenizar todos os vereadores por estarem juntos nessa luta e vamos continuar essa cobrança para que a população não seja ainda mais prejudicada”, declarou.

O vereador Dion Elias fez questão de reforçar o compromisso da Câmara de Vereadores com a solução do problema. “Vamos aguardar a resposta do Ministério Público e, caso necessário, realizaremos uma nova sessão pública para garantir que a população tenha os direitos respeitados”, afirmou Dion Elias, destacando que o problema do saneamento básico em Sombrio tem suas raízes na privatização do SAMAE, um processo que deixou a cidade à mercê de uma empresa que não tem atendido as necessidades da comunidade. “A prefeita e a equipe da Prefeitura tem que também somar esforços para resolver essa situação que foi desencadeada, após eles privatizarem o SAMAE. Hoje temos umas das taxas mais caras e esses abusos devido a essa privatização da nossa SAMAE”, finalizou

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